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Abra o olho você!
Abra o olho você!
Abre o olho Sun sê! Certa vez, Pai Hanz estava terminando um Canjerê, e, não queria ser incomodado, só depois que a conga estivesse vazia,e, que ele ia dá atendimento publico, mas tinha um caminhoneiro bem agitado que não tava querendo esperar por se tratar de assunto urgente e o tamanho do homem, pai hanz encerrou o canjerê. Pegou O adjá e sacudiu com raiva. A sineta era o sinal para mandar entrar o homem. Ele entrou e foi logo dizendo: -- Pai Hanz, mil perdões, mas o assunto é urgente! O Pai de santo entendeu então o desespero do homem e falou: -- Se avexe não mozefi, Sun sê ta com problema, Pai veio vai resolver. Pode falar que pai veio escuta. Então o homem narrou sua preocupação: -- Olhe Pai Hanz, é um assunto da maior gravidade e o medico disse que não pode resolver. Meu filho nasceu com os dois olhos colados e a mãe dele não está nem se preocupando, tanto que não queria que eu viesse procurar o senhor. -- Queria não é? Retrocou Pai Hanz com ar de desconfiança. -- Por que Sun sê num trouxe o canjira, pra o pai veio vê? -- Ainda ta novinho, não pode ta saindo de casa, foi o medico que disse pra mãe. -- Sun sê é caminhoneiro num é? -- Sou pai hanz e passo mais tempo viajando, do que em casa com minha mulher. Falou o pobre homem com ar tristonho. -- Pai veio entende Sun sê, e é aí que pode ta o problema de seu canjira, vai viajar e quando voltar traz ele pra mim vê, pai veio vai começar a trabucar e Sun sê já pode deixar o Boró e antes que Sun sê faz de desentendido Boró e o faz me rir, o dindin. E traz a mulunga quando vier. Passaram se mais de um ano então um caminhão parou em frente o ILÊ de Pai Hanz La vinha: o caminhoneiro, a mulher toda preocupada e a criança. O caminhoneiro falou bravo com Pai Hanz: -- Eu paguei tudo que me pediu, e o senhor me enganou, disse que ia resolver o problema de meu filho e nada até hoje. Pai Hanz, olhou pra criança depois olhou pra mulher, sacudiu a cabeça negativamente e: -- Dorinha minha filha, traz esse saquinho que deixei na mesinha esperando pelo moço. Ela trouxe o saquinho entregou ao Pai Hanz e esse falou: -- Sun sê leva esse colírio e pinga duas vez por dia, nos zoio. O Homem ainda mais bravo gritou: -- Eu não vou automedicar o meu filho com o seu colírio Pai Hanz. Pai Hanz muito calmamente olhou bem pro homem e disse: -- Esse colírio num é pro seu canjira não, é pra Sun sê pingar no seu Pra vê se Sun sê obre seu olho, porque esse menino é filho de Japonês mozefí. |